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ANA BERNAL LA TORRE

( Perú )

 

Chota, 1935, publixó "Entre nostalgias y flores", en 1990. 
Dotada de una fina y elegante sensibilidad. Forjada en el dolro reconfortado por su natural carisma que nos hace muy fácil estimarla, nos conmueva sobre todo cuando habla del "Chorrito de Penca" con penetranate observación. Su poética es sencilla y tierna, plagada de sentidas remembranzas y originales interpretaciones de su palpintante mundo interior.

 

 

TEXTOS EN ESPAÑOL  -   TEXTOS EM PORTUGUÊS

 

CAJAMARCA, CAMINOS DE POESÍA.  Compilación y edición: Socorro Barrantes Zurita.  Foto carátula: Victor Campos Ríos.  Cajamarca, Perú:  APECAJ – Municipalidad Provincial de Cajamarca, 2006.   302 p.   21 x 29 cm.               Ex. bibl. Antonio Miranda

 

QUÉ DIRÍAS

Si algún día me encontraras
qué dirias al mirarme?
ya no queda casi nada
de aquél rostro que adoraste...
Creo que te ocultaras
a lo mejor llorarías
sin lograr con ello nada
por más pena que tuvieras.
Ya no existen estos gestos
que me hicieron tan feliz,
ni el rubor de mis pupilas
con su alegría infantil.
En mi rostro sólo albergo
hondas huellas de mis penas
y en los espejos de mi alma
cada día hay menos luz
sí, ahogadas las sonrisas
de la faz que conociste,
queda tan solo el recuerdo
descansando entre cenizas.

 

AL SEÑOR DE LOS MILAGROS

Señor, permíteme
¡te lo ruego!
tocar la tierra mojada
como lo hiciera de niña
al caer el aguacero...
A mi Patrona Bendita
visitar é jubilosa
y, después, a mi San Juan,
que me estará esperando.
Gozaré de tu Grandeza
desde los primeros trinos
hasta el gris atardecer,
cuando todo es soledad.
Y cubriéndome de frío esperaré
que obscurezca
para alumbrarme tan sólo
con los bichitos de luz...
Gran Señor,
acéptame darle gracias
convencida
que no hay perfume más puro,
belleza ni colorido
como los que utilizaste
al pintar el firmamento
en las hermosas campinas
de la tierra en que nací.

 

TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução: ANTONIO MIRANDA

QUE DIRÍAS

Se algum dia me encontrares
que dirias ao mirar-me?
já não resta quase nada
daquele rosto que adoraste...
Creio que te esconderias
ou pior chorarias
sem lograr com isso nada
por mais pena que tivesses.
Já não existem aqueles gestos
que me fizeram tão feliz,
nem o brilho de minhas pupilas
com sua alegria infantil.
Em meu rosto apena abrigo
profundas marcas de minhas penas
e nos espelhos de minha alma
cada dia há menos luz
sim, afogadas os sorrisos
da face que conheceste,
resta apenas a lembrança
descansando entre as cinzas.

 

AO SENHOR DOS MILAGRES

Senhor, permita-me
eu te imploro!
tocar a terra molhada
como eu fazia quando menina
ao cair o aguaceiro...
A minha Patrona Bendita
visitar é sempre um júbilo
e, depois, ao meu São João,
que me estará esperando.
Gozarei de tua Grandeza
desde os primeiros trinados
até o cinzento entardecer,
quando tudo é solidão.
E abrigando-me de frio esperarei
que escureça
para iluminar-me apenas
com os bichinhos de luz...
Grand Senhor,
aceite minha gratidão
convencida
de que não existe perfume mais puro,
beleza nem colorido
como os que utilizaste
ao pintar o firmamento
nas formosas campinas
da terra em que eu nasci.

 

*

VEJA e LEIA  outros poetas do Perú  em nosso Portal:

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Página publicada em maio de 2022


 

 

 
 
 
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